sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Férias (round 3)

E aqui vou eu para a última semana férias. Não foi nada má a ideia de as partir em três pedaços, mais umas migalhas aqui e ali para juntar aos feriados. Estas só podem ser espetaculares - o tempo e o mar vão estar excelentes - Sol, surf e jantaradas.

No Sábado à noite fazemos os sacos, ponho a prancha no carro e Domingo é só carregar o resto. Saímos de manhã cedo, para tentar aproveitar o primeiro dia. Depois são 500 quilómetros, descarregar o carro e ala que se faz tarde para a praia, que fica ao fundo de uma encosta. Desce-se com o carro, descarrega-se a prancha e o resto da parafernália, sobe-se, estaciona-se e volta-se a descer, agora a pé. Procura-se um lugar onde estender a toalha e toca a vestir o fato de Neopreno, que custa bem a entrar e a tirar. No final do dia sobe-se a pé, desce-se com o carro, carrega-se as tralhas e siga para a herdade. Seis dias disto, depois mete-se tudo no carro e outros 500 quilómetros para o Porto. Arrumar, pôr a lavar e secar tudo, fazer compras e ir jantar a qualquer sítio... Estou cansado do raio das férias.

Vende-se país, como novo, revisões na marca...

Eu, que até sou um gajo assim a dar para o liberal, acho maravilhosa esta coisa da bipolaridade, ou bipartidarismo, ou lá o que é. Maravilhosa e previsível. Com uma regularidade que quase dispensa calendários, mudamos de partido no governo com a certeza que, venha quem vier, vai sempre encontrar uma forma de nos lixar mais um bocadinho.

Agora que temos o PSD, a coisa parece passar por vender o mais depressa e barato possível qualquer recurso ou empresa que o Estado ainda possua e que tenha o mínimo potencial de dar lucro. E vai dar lucro, nem que seja à força ou com uma cláusula contratual a garantir que se passará o cheque necessário para que dê. No fundo está a defender-se o interesse nacional, porque toda a gente sabe que o estado gere mal e os funcionários públicos são uns sacanas de uns preguiçosos.

Se for o PS, já é um bocadinho mais rebuscado. Não se vende nada, mas os ministérios e as empresas públicas desatam a subcontratar serviços e consultores, contratar parcerias publico-privadas e a assinar memorandos de entendimento que garantem que as contas públicas são drenadas durante 30 ou 40 anos. Obviamente, sendo um partido socialista (mais ou menos ou nada), a ideia é que é necessário investimento público para que a economia cresça. Se o investimento público for, digamos, perto de casa, melhor.

Não é que eu tenha alguma coisa contra isto. Até já estou habituado e também não vejo alternativa - Deus, note-se que não sou católico, nos livre do PSR ou do PCP. No fundo, o que me começa a irritar é que um gajo quase consegue ver as notas a passar à frente dos olhos e nunca cai nenhuma nos bolsos.


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Nem se eu quisesse inventar #3...

"António Borges denuncia os "interesses instalados" contra planos de ajustamento.
Sem nunca se referir à RTP, o consultor do Governo para as privatizações, António Borges, considerou nesta quinta-feira que “há sempre oposição” aos programas de ajustamento. “Há sempre interesses estabelecidos a opor-se”, afirmou António Borges, durante a sua intervenção na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide."
In Público

"É preciso ter tomates"
O Povo

Isaac (o furação, não o gajo da bíblia)

Para aqueles, como eu, que ano após anos deliram com o ar surpreendido da malta cá do burgo quando começam os primeiros fogos de verão ou as primeiras inundações de inverno, é botar os olhinhos no amigo americano. Aquilo sim, é um povo evoluído que não olha a meios nas comemorações. Ele é Super Bowl, 4 de julho, dia de ação de graças e Halloween. Vai daí, a 28 de agosto, exatamente 7 anos depois do Furacão Katrina ter devastado Nova Orleães, aí está o Furacão Isaac.

Eu sei que os novaorleane gajos de Nova Orleães são maioritariamente negros, falam francês e gostam de Jazz. Claramente é povo que não gosta de fazer pevide e à primeira oportunidade salta tudo para a rua, a abanar o rabo atrás de uma banda (são uma espécie de brasileiros, mas a armar ao pingarelho), mas isso não me parece desculpa para deixarem a cidade lixar-se duas vezes.

A verdade é que sempre que ouço a palavra "dique" lembro-me de cães (deve ser por causa do rafeiro d'Os Cinco) ou dos Castores do Yakari (e nem vou tentar explicar). É que não é palavra que me inspire confiança. Bom, suponho que, lá como cá, a malta prepara-se para o melhor e fica à espera do pior. Também não deve ajudar viverem perto de poços de petróleo, porque é óbvio que o preço ainda precisa de subir um bocadinho. A Síria tem petróleo?

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Universidade de verão do PSD


Porque raio é que todos os anos temos de gramar com reportagens sobre a universidade de verão do PSD?

Eu, que frequentei a universidade (e, para aqueles mais cínicos, conclui o curso), não me recordo de alguma vez um canal de televisão me ter ido lá filmar, sentadinho, com olhar atento, a ouvir o que os professores tinham para dizer. Para isso poderá ter contribuído o facto de me escapar metade do que os professores diziam, eu raramente olhar com atenção seja para o que for e ter sido ainda mais raro dar-se o caso de lá estar sentado a ouvi-los. Mas, de qualquer modo, acreditem em mim, nenhuma estação de televisão lá foi.

Ora eu fiz um curso a sério, com exames de admissão e tudo (não bastou dizer que era filho do Dr. Fulano), avaliações periódicas (a que tive de comparecer), notas e média final (estranhamente calculada com base nas notas das referidas avaliações periódicas). A coisa tinha tanta credibilidade, que foi fácil arranjar emprego e construir uma carreira profissional.

Se isto não mereceu uma reportagem, por que raio temos de levar com os laranjinhas todos penteadinhos e aperaltados, como se fossem a um batizado, a ouvir atentamente os líderes lá da agremiação. E se a malta já imagina que aquilo é gente que anda por lá desde a puberdade, a maioria sem qualquer capacidade ou experiência que lhe permita apresentar uma ideia de jeito, porque raio é que o PSD se gaba que os seus jovens têm de frequentar a universidade no verão? São aulas para recuperação de notas?

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Fumar marijuana durante a adolescência pode afectar a inteligência

Para mais ou para menos?

RTP

Se é para fazer programas com aquele gordo baixinho, o outro mais alto ou os outros das tardes de sábado e domingo, a coisa ficava muito mais barata e interessante se apenas transmitissem um plano fechado de uma lareira com notas a arder. De volta e meia aparecia uma locutora de continuidade e atirava um maço de notas lá para dentro.

Obrigado!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

TPM

Assim de repente e obviamente sem motivo nenhum, ocorreu-me o seguinte: donde raio vem o TPM?

Aquela tristeza e sensibilidade toda vem donde? É que eu já vi gente a fazer menos barulho pela morte de um filho. Tudo aquilo porque um óvulo está a ser despejado? Se um tipo ficasse no mesmo estado sempre que tem um orgasmo... são 300 milhões...

Também não acredito que os pensos higiénicos sejam assim tão desconfortáveis. Sei de saber de experiência feita, porque já tive de pôr um "Curita" numa ferida, que não incomoda nada.

Chateia-me pensar que não é mais do que uma tanga para fazerem o que lhes apetece, assim tipo os "desejos de grávida" e as "dores de cabeça. Mas, mais importante, venha de onde vier, a culpa é minha? É que já estava assim quando eu cheguei!

Em todo o caso, surgiu-me a ideia para uma nova marca de pensos higiénicos. A estratégia de marketing é totalmente inovadora e passa por trazer na mesma caixa 10 pensos e 100 lenços de papel. O nome está em estudo, mas vai ser qualquer coisa do género Pour from your Holes.

sábado, 25 de agosto de 2012

Serviço Público

Não, não é preciso descarregar música de sites manhosos.
Nem andar pelo youtube na esperança que aquela música - sim, essa - esteja disponível (lamentavelmente atrelada a um vídeo de gatos).
Adeus iTunes...

... Senhoras e senhores, para vosso gáudio e prazer - Deezer

(agora, dobrado em português)

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Prince Harry Vegas Pictures


O que é que se há-de dizer sobre isto? Bom, pelo menos nas monarquias um gajo paga e tem direito a um espetáculo antes de ser…

Querido mês de agosto

A maioria dos emigrantes já nem se lembrava do último Natal que passou na terra...

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sistemas de Educação e a Criatividade

A TED Talk mais vista de sempre: 11 731 564 vezes e a contar


Vinte minutos extraordinários, com maravilhas como esta:
Numa sala de aula, a professora aproxima-se da aluna de 6 anos, que está empenhadíssima a fazer um desenho.
Professora - o que estás a desenhar?
Aluna - Deus!
Professora - mas nunca ninguém viu Deus.
Aluna - esperem só mais um bocadinho e já vão ver!

Nem se eu quisesse inventar #2...

Idosa decide restaurar fresco em igreja
Numa notícia relacionada, governo espanhol pondera a introdução de aulas de Educação Visual em centros de dia e lares de terceira idade.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Vencer

Estou a ler um livro de um tipo chamado Jack Welch que, se calhar, até tem algum jeito para gerir empresas -  foi o CEO da General Eletric durante 20 anos, período em que o valor da empresa aumentou 4000%.

O título da coisa é: Vencer.

A premissa é básica e é mais ou menos esta: não se deve ter vergonha de vencer, na verdade deve-se procurar vencer e ambicionar a justa recompensa. Não se deve é fazê-lo à custa dos outros, porque mais cedo ou mais tarde paga-se a pena... claramente este gajo não conhece Portugal.

sábado, 18 de agosto de 2012

Futebol

Não ligo puto a futebol... é que não me interessa mesmo nada.

Bom! Não ligo puto se o FCP está na frente e o resto da malta passa a vida a protestar. Quando a coisa fica incerta lá ando mais motivado. Não há nada como alguma ansiedade para estimular as massas.

Já as tricas à volta da coisa entretêm-me bastante. Que saudades de ver o lfv a  falar do Picó e do FCP. Fico emocionado com tanto sentimento e indignação, que só uma pessoa verdadeiramente inimputável inatacável pode expressar.

O que começa a chatear é a previsibilidade da coisa. A malta da comunicação e imagem começa a não ter imaginação e isto acaba tão maçador como os jogos do FCP. Um tipo sabe que vai ganhar, nem que demore 100 minutos, a bola não entre, até não tenha sido penalti, ou metade dos adversários sejam expulsos. As desculpas manhosas em vez de uma suspensão sem apelo nem agravo são mais ou menos a mesma coisa.

Cá vamos nós...

República Dominicana

Em 1996 passei uma semana na República Dominicana, da qual poucas recordações tenho, já que por coincidência, também era a viagem de finalista.

Tenho vaga memória de quase nada:
- uma viagem de Santo Domingo para Puerto Plata, por uma estrada que serpenteava por vegetação luxuriante;
- à face dessa mesma estrada, todas as casas tinham grades nas janelas e varandas;
- as mesmíssimas casas pareciam estar cravejadas por buracos de bala;
(estes pontos, talvez não tanto a vegetação luxuriante, de algum modo fizeram-nos desejar a presença de escolta policial)
- no hotel tive o primeiro contacto com o conceito de tudo incluído - uma pulseira com poderes mágicos que me dava acesso a todas as bebidas que conseguisse absorver;
- finalmente, um almoço numa Pizza Hut de Santo Domingo. Este almoço ficou registado pela particularidade, aos olhos de um quase gestor, de existirem funcionários com tarefas bastante específicas... quando digo específicas quero dizer: um tipo para pôr colheres, outro facas, outro garfos, um para servir água, outro para colocar o prato, mais um para os recolher (que não sei se era o dos talheres), etc., etc...

Foi pois com tristeza que constatei na visita recente a esse país extraordinário, que todos estes postos de trabalho foram eliminados, por pressão do porco e opressor capitalista... Agora, o desgraçado que colocava as colheres, também tem de pôr os outros talheres, os copos e os pratos. O tipo da água, também serve Coca-Cola e Sprite. E tenho a certeza que quem recolhia os pratos, também levou os talheres e os copos, que é para não se estar a armar em parvo.

Se eu quisesse inventar uma metáfora melhor, não conseguiria. Mas, infelizmente, quem eu gostava que lesse isto não o vai fazer e também nunca há-de chegar o dia em que um sindicato em vez de organizar uma greve, pelo contrário, organiza jornadas de trabalho ao domingo para ajudar a empresa a ultrapassar dificuldades.

E é só isto, agora vou ali ver se o jardineiro podou as sebes como mandei e dar instruções à cozinheira para o almoço (#$%#$%&, o motorista deixou o carro ao sol).

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Manual de instruções



Aí pelo princípio de agosto, dei por mim deitado numa espreguiçadeira numa qualquer praia da República Dominicana, com um copo na mão e a olhar para o mar, onde vagueavam 3 catamarans, 4 kayaks e inúmeras cabeças de russos.

Eu – devíamos dar uma volta numa coisa daquelas! Apontando vagamente para o infinito.
Ela – nos russos?
Eu – não, os russos são grandes como o caraças, mas flutuam mal. Nos Hobie Cats!
Ela – hã?
Eu – nos catamarãs!
Ela – hã?
Eu – nos barquinhos à vela!
Ela – ah! Nos Obi wan kenobi! Já podias ter dito. Mas sabes pilotar aquilo?
Eu – não, mas não deve ser complicado. Se aqueles tipos conseguem? Também, se correr mal ou acabamos em Cuba e perdemos o jantar ou esperamos quietinhos que nos venham buscar de barco a motor.

E assim foi. Três saídas espetaculares para o mar, o vento a empurrar e o som dos cascos a sulcar a água, com coqueiros e o horizonte como pano de fundo.

Ah!... As férias!

Nota do editor: não, esta não é uma alteração da linha editorial mal disposta e quezilenta. São saudades das férias, é o que é.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Enfim...

Somos mesmo obrigados a receber de volta a seleção olímpica?